06 novembro 2011

Hoje, na pedreira

Subir a Braga sempre foi complicado. Já o era no velho 1º de Maio, pior é na Pedreira. A última vitória lá foi curiosamente contra Jorge Jesus, num tira-teimas com Quique já no final do Campeonato. Desde aí, duas derrota contra um supra-esforçado e supra-motivado grupo de jogadores, auto-intitulados de Guerreiros do Minho. Um grupo que ao longo dos anos se tem transformado. Subido de patamar apadrinhados pelo Futebol Clube do Porto, com estratégias e posturas semelhantes. Antigamente ir ao 1º de Maio era uma festa. Uma deslocação sempre difícil mas marcado por um ambiente familiar. Nas ruas as famílias dividiam-se no apoio, unidos pelo vermelho. Hoje em dia vem ao de cima uma rivalidade absurda, herdada do mais tacanho espírito azul-e-branco, quase a suplantar a rivalidade com o Vitória. Este ódio comum trás frutos, é o que se depreende quando vemos António Salvador na gala de celebração do último título portista. Já não há vergonha...

Hoje surge um grande oportunidade de bater o pé. Este grupo de jogadores já enfrentou o Braga inúmeras vezes. Têm que ter presente o roubo de à dois anos. A expulsão de Cardozo no túnel. A expulsão de Javi no ano passado. As provocações. O desespero estampado no rosto de Coentrão na meia-final da Uefa. É tempo de usar estas armas e alterar a estatística esta tarde, num jogo que poderá significar o reforço da liderança. Contra os Salvadores e Mossorós deste futebol. Contra o anti-benfiquismo primário e bacoco.

Tem sempre de ser. Mas hoje tem MESMO de ser.


Ps. Ainda não levamos nenhum vermelho este ano... Até hoje?