23 setembro 2013

Omnipresença

Está tudo em brasa que nem sei para onde me virar! Esfregava as mãos de satisfeito por uma vitória suada - daquelas sem um pingo de nota artística, algum desnorte ofensivo, mas muita crença - quando a realização da Sportv transmite em directo aquele que seria mais um dos episódios de Jesus. Talvez por isso tenham faltado câmaras para os lados do Estoril, para confirmar que Mangala punha Luís Leal em jogo. Ou então para filmar o desaguisado na tribuna presidencial.

Estava o Pinto a olhar para o futebol do Paulo e a pensar que mais uma vez iria ter que arregaçar as mangas por ter comprado gato por lebre, quando repara no Lobo sentado ao seu lado a sorrir com o golo dos canários. (porra tanto animal!) Diz o outro Pinto, o Lourenço, que o jovem dirigente não devia celebrar como se tivesse na bancada. Assino por baixo e acrescento que os dirigentes do Porto não deviam reagir como se tivessem em Palermo.

A câmara que filmaria a tribuna não estava lá, procurava sim Jesus, o omnipresente. Esse que esteve a defender um adepto. Esse que acertou o passo a um policia. Esse que venceu um encontro ontem. Esse que esteve também no Estoril. Esse que no dia anterior teve em Alvalade. Esse que soprou em Varela para ele chutar para as nuvens. Esse que sentou Quintero no banco. Esse que perdoou a expulsão a Otamendi. Esse que montou este Porto de poucas ideias. Esse que foi lembrado por Paulo Fonseca. Hail Jesus!