A consciência que cada acto tem a sua consequência. Sendo complicado antecipar uma sequência de acontecimentos, não tão difícil é prever resultados negativos imediatos de certas decisões. É claro como a água. A opção da ausência de Capdevila na lista da Champions ultrapassa o jogador. É maior que ele. Não está aqui em causa se está ou não apto. Nem está em causa se ele é bom ou não. A atitude nos treinos não me interessa. Estou me a borrifar para possiveis surtos de altivez do Campeão do Mundo. Mais do que um problema de gestão de recursos humanos, este é um caso gritante de má gestão de imagem do clube. E a culpa aqui não morre em Jesus. É transversal ao clube.
Falando de defesas esquerdos, é inevitável comparar a forma como foi resolvida a "novela Álvaro Pereira" e a "novela Capdevila". Primeiro porque logo à partida a segunda não tinha razão de existir. Segundo porque a do uruguaio tinha tudo para correr mal e não correu. De um lado um jogador descontente, a querer dar o salto, a forçar a saída, com declarações do empresário não muito abonatórias. Do outro lado, um jogador que nos últimos 5 anos sagrou-se campeão europeu e mundial, contente com o novo clube, entusiasmado com a possibilidade de jogar na Champions, e que apesar da idade parecia serenar o 3º anel perante a saída de Fabio Coentrão. Qual das situações deu para o torto?
De nada serve apontar o dedo à comunicação social quando somos os próprios a arranjar lenha para nos queimar-mos.
