01 setembro 2012

Ai defeso!

O famigerado dia 31.

Dizia José Pedro Gomes numa das suas peças que o português tem por habito mexer bastante os braços enquanto dança para que ninguém repare na merda que está a fazer com os pés. Ontem à noite fiquei com a sensação que agitamos um excelente (e necessário) encaixe financeiro e anunciamos a reunião no mesmo ataque dos 2 melhores goleadores da época passada, deixando para trás um belo buraco no meio campo e uma canhota esquerda com problemas de crescimento.

A saída de Javi foi como um valente pontapé nos tomates, com toda aquela complexidade da angústia que começa numa dor física aguda e acaba no medo de que as coisas nunca mais funcionem como funcionaram até então.

A vida é tramada e tudo se resume a uma questão de perspectiva. Quem diria que na semana passada estávamos melhor do que hoje? Nada como resolver um problema como arranjando um problema maior. Deu-se o último flash e a direcção não ficou bem na fotografia por muitos retoques que se tente dar. Ficou a nú incapacidade negocial quando se vem à praça publica admitir a necessidade de um defesa esquerdo e quando se afirma que os alvos estão identificados para qualquer venda de última hora. Palavra de Rui Costa. Pior quando se liberta um jogador como o Saviola para o Malaga, e estes não facilitam a negociação de um Eliseu qualquer. Difícil de engolir.

Deu-se tiro de partida. Cá de cima parece que estupidamente acertamos na própria perna. Que seja o suficiente para atingirmos a glória.