12 novembro 2012

Respira Benfica

Entre 2 jogos de Selecção, fechou-se mais um ciclo. 6 jogos, 5 vitórias, 1 derrota. 14 golos marcados, 2 sofridos. 5 jogos sem sofrer golos.

O jogo de ontem não terá sido o mais entusiasmante. De todos - tirando a noite russa com relva de brincar - terá sido o mais preocupante, por mais uma vez relembrar os poucos recursos que temos no meio campo que se acabam por reflectir num défice defensivo. Esta sequência porém deixa-me mais confiante do que no final do paupérrimo jogo contra o Beira-Mar.

A equipa tem sabido crescer com as suas debilidades. Podemos chover no molhado perante as lacunas da planificação (um facto), mas temos também o direito de chorar pelo azar que tivemos com Aimar e Carlos Martins. Jesus anda aos papéis no miolo, mas a verdade é que objectivamente os pontos estão a ser conquistados e andam-se a fazer omeletes sem ovos já há algumas semanas. O que tem faltado em qualidade de jogo, tem sobrado em entreajuda e atitude. A solidariedade de uma equipa é sempre um indício que me entusiasma.

Não há como não destacar Lima. É a entrega em forma de jogador. Um investimento certeiro pelo que joga e faz jogar. Melhor ao lado de Cardozo, sendo que a sua disponibilidade para recuar no terreno tem ajudado a compensar a insistência de Jesus de jogar com 2 médios no centro do terreno. Matic, por muito esforçado que seja, não acertou ainda na posição. Falta-lhe - confiança? cultura táctica? poderio físico? - uma das três, ou todas. Melhor com o Enzo ao lado - um autêntico todo o terreno! Ola John com excelentes indicações nos últimos jogos, num excelente jogo de paciência do treinador com um jogador habituado a jogar na Disneylândia do futebol... Ainda na sombra estão Nolito, Bruno César e Gaitan.

Os miúdos lá vão aparecendo, e os Andrés têm jogado jogos importantes, sem comprometer. O projecto da B tem se justificado, sendo o único dos clubes a recorrer à "cantera" - também por culpa nossa, diga-se. O facto é que tem sido necessário e tem se arriscado. Sem querer rotular os miúdos de grandes talentos, com este modelo estamos mais próximo de tirar maior partido da formação.

A caminho da 10ª jornada temos mais um ponto do que na época de 2009/2010 e menos um golo sofrido. Privados da liderança do nosso capitão, da magia de Aimar, da raça do Carlos Martins e orfãos de 2 pilares no meio campo com Javi e Witsel. Consciente que não estamos a praticar o melhor futebol e com lacunas preocupantes nos recursos do plantel, não fica mal sublinhar o trabalho feito pela equipa num primeiro terço de campeonato que se previa catastrófico. Carrega Benfica.