25 julho 2012

Eduardo

Após uma prestação de sonho no Mundial de 2010 a cotação de Eduardo disparou. O então guardião bracarense opta por rumar até Itália para o modesto Génova. A época não lhe corre particularmente bem - ironicamente num registo "Robertiano". Adeptos desiludidos, presidente sem paciência. Enrico Prezionsi ironiza dizendo que "com ele é preciso contar com 4 ou 5 frangos por época". Era assim posto de lado, e atento ao mercado, o guardião da equipa que este ano acabou em 17º lugar da SerieA.

Eduardo entra no Benfica há praticamente um ano, a poucos dias do primeiro jogo da Champions. Uma movimentação relâmpago que entusiasma os adeptos, principalmente aqueles que ao longo de toda a época anterior não compreendiam o investimento no espanhol em detrimento do português. Fica a ideia que existiria pouco mercado interessado nele. O Benfica aproveitou apesar da aposta em Artur.

Um ano passado e Eduardo muda novamente de casa. Desiludido diz ele. Compreendo. Reclamando falta de verdade. Em quê? Custou lhe um bocado e gostaria que Jesus fosse mais verdadeiro com ele, já que foi ele o responsável pela sua contratação. Esperaria uma titularidade garantida? Eduardo escolhe o caminho errado atirando achas para a fogueira, aproveitando o alvo fácil. Fica lhe mal. De todas as más opções que Jorge Jesus tem, dificilmente se arranjam argumentos para a opção na baliza. Artur teve uma época de alto nível, e a Eduardo pouco mais restou do que ser a sua sombra, jogando nas taças. O suficiente para não ser excluído do lote de convocados do Euro, onde também não calçou as luvas e de onde - aposto eu - terá saído igualmente desiludido.