15 julho 2012

Primeira bola


Primeiros minutos da época. Um inicio pouco comum. Sem Mundial, sem Copa América e com pouca participação no Euro, junta-se nas primeiras semanas um grupo bastante completo. Caras que já se conhecem há alguns anos, rotinas de jogo familiares. A estabilidade ideal para as novas peças. Um Ola John para as alas, um Hugo Vieira esforçado, um Luisinho sem concorrência, um Melgarejo irreverente e um Michel à procura do seu lugar num mar de avançados. Martins e Kardec de regresso ao grupo e entrada de Paulo Lopes para compor o trio nas redes, numa lógica contida mas sensata. Não há nomes sonantes - aparecerão provavelmente na necessidade de colmatar a venda de alguns activos do plantel, faltando ainda assim alguém de peso para a lateral esquerda e uma segunda linha atrás de Maxi.

Não admira portanto o comportamento contra o Marselha. Os processos estavam lá, não houve grandes invenções, faltando essencialmente óleo nas articulações um pouco duras dos banhos de sol e água do mar. Rotação com algumas caras interessantes cuja possibilidade de avaliação é ainda prematura mas que não esconde algum positivismo face ao resultado e exibição.

O defeso começa mais calmo do que o costume. Sem a novela-Luisão ou novela-Cardozo da praxe. Declarações mais contidas, empresários mais discretos. Mesmo o caso Gaitan, dado quase como transferido no final da época passada, não tem levantado grandes ondas. A acalmia antes da tempestade, talvez. Nomes como Witsel, Gaitan e Cardozo estão na calha de transferências necessária e anunciadas pela própria Direcção. O sucesso da pré-época passa muito pela gestão destes processos. Para já o Benfica joga com o mercado, para mal da ansiedade do treinador de bancada.